Você não precisa do Sócrates para dizer que alguns sites criam fios malucos e inventados só para você clicar em um link.
Falsas informações e notícias falsas têm sido um problema na internet quase desde o começo. A situação é tão ruim, um site, Snopes.com, é dedicado a desmascarar contos de internet malucos e rumores que surgem como baratas digitais.
A questão ganhou destaque novamente com a eleição de Donald Trump, que, segundo os críticos, foi auxiliado por reportagens falsas que circulavam nas mídias sociais, especialmente no Facebook. O CEO Mark Zuckerberg chamou essa noção de "muito louco", mas diz que sua empresa está trabalhando para reprimir artigos falsos.
No fervor sobre se o Facebook deveria fazer alguma coisa para separar a ficção do fato, você pode ter se perguntado como você poderia descobrir se um artigo vale a pena clicar. Aqui estão os nossos conselhos sobre como sinalizar histórias falsas que só querem levá-lo para cada clique que você vale.
O que são notícias falsas?
Antes de mais nada, vamos ser claros: não estamos falando de websites com jornalistas pagos que checam seus relatórios e constroem suas marcas com precisão. (Empresas respeitáveis têm regras para checar os fatos. Os repórteres e revisores da CNET são obrigados a verificar as informações e fazer o backup com links para material de origem, como press releases, vídeos e sites.)
A questão é que histórias de notícias legítimas se confundem com todo o resto do seu feed de notícias do Facebook. Isso inclui histórias de websites que estão se passando por fontes de notícias para coletar seus cliques. Além disso, mesmo se você clicar em um link para uma matéria bem pesquisada do Wall Street Journal, o Facebook poderá mostrar histórias relacionadas de sites que não atendem aos mesmos padrões.
Como apontou Connie Guglielmo, editora-chefe da CNET News, o problema aqui é que tudo nas mídias sociais é tratado como notícia, sem distinções.
Como sinalizar sites de notícias falsas
A melhor ferramenta à sua disposição, é claro, é o senso comum. Não importa qual seja sua inclinação política, se uma história serve apenas para reforçar suas crenças, é melhor ser ainda mais cético antes de compartilhá-la.
Se um relatório for supostamente baseado em outras notícias, encontre a fonte original das informações. Você pode achar que algumas das citações estão corretas, mas o resto pode ter sido retirado do contexto ou fabricado.
Se a história potencialmente falsa que você está lendo não estiver vinculada a uma fonte original, bem, isso é um mau sinal. Use um mecanismo de pesquisa para procurar as palavras-chave na história para ver se essas "notícias" estão sendo relatadas por outros pontos de venda.
Algumas histórias, intencionalmente ou não, são como sátira. Se parece que pode ser uma manchete no Onion, é melhor verificar novamente a história.
Além disso, verifique o URL. Se tiver um final estranho, pense duas vezes sobre a história. Um artigo alegando que o presidente Barack Obama proibiu o hino nacional em eventos esportivos dos EUA - falso, se você estivesse se perguntando - veio de um site com o sufixo ".com.de", o que não faz sentido.
Finalmente, não confie em uma fotografia. Se você vê uma foto atraente e está ansioso para compartilhar a história por trás dela, tente primeiro:
- Tire uma captura de tela da foto, recortando tudo, exceto a própria imagem.
- Abra o Imagens do Google no seu navegador.
- Arraste a captura de tela para o campo de pesquisa do Imagens do Google.
O Google dirá qual é a sua melhor estimativa quanto a quem ou o que está na foto e onde a imagem foi originada.
Eu tentei isso em uma foto em preto-e-branco com um meme sobre Susan B. Anthony. A foto mostrava uma mulher em um vestido vitoriano deitada na rua enquanto a polícia e espectadores ficavam em pé sobre ela. Descobriu-se que o sufragista na foto era Ada Wright, da Grã-Bretanha, e não Anthony.
Dica: Você pode fazer isso com fotos de sites de namoro e imóveis também, e você pode pegar um scammer enquanto estiver nisso!
Mais maneiras de sinalizar sites de notícias falsas
Os programadores se esforçam para criar ferramentas que possam sinalizar relatórios não verificados em seus feeds de mídias sociais.
Por exemplo, três alunos programaram um plug-in de navegador que avalia automaticamente histórias vinculadas em mídias sociais e destaca as que foram desmascaradas em outro lugar. O nome fofo do plugin: FiB.
O plugin ainda não está disponível para download, mas os alunos estão pedindo ajuda para finalizá-lo, por meio de um projeto de código aberto.
O roteirista da New York Magazine, Brian Feldman, também programou um plugin - não é automatizado, mas checa artigos contra uma lista de sites de notícias falsos conhecidos reunidos pela professora de mídia Melissa Zimdars, da Merrimack College.
Quem está escrevendo essa notícia falsa?
De acordo com uma reportagem do Buzzfeed, os jovens da Macedônia criaram mais de 100 sites pró-Trump para espalhar notícias falsas. O motivo não era político; foi para ganhar dinheiro com seus cliques.
Talvez devêssemos ficar felizes por não estarem recorrendo ao cibercrime para capitalizar nossa ingenuidade coletiva, como fizeram os jovens de outras partes da Europa Oriental. Ainda assim, é muito estranho pensar que os donos de sites macedônios estivessem apostando nos programas de anúncios do Google ou do Facebook para ganhar dinheiro com notícias falsas, mas virais.
O Google e o Facebook disseram na segunda-feira que proibirão sites de notícias falsas de usar seus respectivos softwares de venda de anúncios.
Snopes também tem um guia para sites de notícias falsas, alguns dos quais são políticos e alguns são simplesmente fornecedores de mentiras selvagens e malucas.
A eleição pode ter acabado, mas ainda há muitas notícias falsas por aí.
Publicado pela primeira vez 19 de novembro às 5 da manhã PT
Atualização, 11:10 am: Adiciona link para a história sobre os comentários da noite de sexta-feira de Mark Zuckerberg.
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